segunda-feira, 8 de abril de 2013

VENOMOUS RAT REGENERATION VENDOR: A Review Brasileira (pré-lançamento)





O Quinto álbum solo do Rob sai nesse mês, dia 23 (ainda não há uma data para lançamento aqui no Brasil), mas antes mesmo de seu lançamento, o Zombie Heads Brasil está aqui nesse momento ouvindo o novo álbum de inéditas do Rob Zombie, NA ÍNTEGRA...E tudo o que posso lhes dizer é que está FODÁSTICO!!! Depois de ter deixado de lado a gravadora e partir com sua própria, Rob tomou a liberdade que desejava e recuperou o que todos pedem incansavelmente: músicas que remetem ao White Zombie e ao início de sua carreira solo. Mas não vão crentes que irão encontrar músicas iguais ao que White Zombie fazia ou ao que foi ouvido no Hellbilly Deluxe, pois Rob Zombie foi muito além disso e fundiu tudo que ouvimos dele até aqui, desde o La Sexorcisto ao Hellbilly Deluxe 2. Ele nos oferece aqui um álbum que mistura o Industrial dançante com sua marca registrada com uma vibe do Hard Rock dos anos 70. Realmente é um álbum especial, que marca a reviravolta na sua carreira se preparando para uma nova geração sem se esquecer das anteriores. Antes de dar início aos trabalhos em estúdio para gravação desse álbum, Rob já havia dito que o foco deles era fazer um álbum “sombrio, pesado e estranho” e que esse seria seu melhor álbum até aqui...E foi exatamente o que ele fez.

Cada músico de sua banda, John 5, Piggy D e Ginger Fish, são muito bem aproveitados e demonstram total liberdade na execução de seus papéis, mostrando ao que vieram na banda. O trabalho nas guitarras de John 5 demonstram a habilidade do músico, valorizando seus riffs e solos como antes foi feito em escala bem menor. John 5 é um músico muitíssimo habilidoso e expor toda sua capacidade no álbum só é possível mesmo em álbuns solos dele. Já na banda há um equilíbrio fantástico entre as partes envolvidas: Piggy D tem um ritmo maravilhoso com o baixo e Ginger Fish finalmente está sendo valorizado como baterista. O trabalho de Rob nos vocais está muito foda, cada vez mais crescendo como cantor sua voz demonstra um desenvolvimento formidável. Muitas faixas apresentam efeitos nos vocais que nos remetem a lembrar momentos mágicos do White Zombie ao Hellbilly Deluxe; algumas outras até mesmo remetem lembranças da era pré-La Sexorcisto. A combinação de tudo isso resulta num álbum agitado, dançante...EMPOLGANTE. Mas toda essa combinação também trouxe alo novo para o som do Rob, algo nunca antes usado por ele, fazendo um “upgrade” na sua música.

Venomous Rat Regeneration Vendor marca o retorno de Rob Zombie com maestria, um desempenho fantástico dele e de todos da banda, demonstrando que todos estão felizes e se sentindo em casa uns com os outros e que há aqui uma afinidade perfeita entre os músicos.

A produção de Bob Marlette combinada com as mentes de Rob Zombie e John 5 trouxeram um som sólido ao álbum, e não conte com músicas experimentais ou estilo de rock garagem. Aqui o Industrial come solto, e com peso. O uso de samplers, efeitos de distorção, batidas eletrônicas é tido de forma até abusiva nas faixas. O VRRV nos trás algo nunca antes feito pelo Rob, mas ao mesmo tempo nos dá a sensação de nostalgia. É realmente um álbum MUITO ESPECIAL para os fãs de sua obra.

Ainda não tenho em mãos as letras das músicas para avaliar o que Rob diz nas mesmas (não que isso signifique maior compreensão dos assuntos abordados), mas avaliar o conjunto como um todo eu posso fazê-lo para vocês. Abaixo uma avaliação geral faixa-por-faixa:

01. ”Teenage Nosferatu Pussy” – A faixa introdutória ao álbum representa a parte de peso da obra, com um ritmo lento e pesado, como um gigante marchando, a pegada industrial, o vocal distorcido e o uso de efeitos eletrônicos jás nos traz a idéia de que esse álbum veio para chutar bundas;

02. “Dead City Radio and The New Gods Of Supertown” – Bem, vocês já devem ter ouvido essa faixa e como eu já fiz uma overview da mesma passarei para a próxima;

03. “Revelation Revolution” – Iniciando com uma batida eletrônica contagiante, logo a música explode com um som extremamente novo e diferente do que já ouvimos Mr. Zombie fazendo. Sua voz está tomada por efeitos eletrônicos e a música se torna uma tremenda viajem. Demais mesmo.

 04. “Theme For The Rat Vendor” – Seguindo a tradição, ao menos uma música “enche lingüiça” deve ter, e aqui está ela. Uma jam instrumental mais calma para seus ouvidos se prepararem para o que ainda há por vir...

(Cuidado, talvez ao final desse álbum você já esteja surdo uma vez que será difícil você querer diminuir o som.)

05. “Ging Gang Gong De Do Gong De Laga Raga”  - Putz, quando li o nome dessa música pela primeira vez eu realmente não botei fé, ainda mais depois de ter lido numa review que a música remetia ao estilo rock garagem, desencanei dela. Mas vão por mim, a música é foda, tem peso e não tem nada de rock garagem. É agitada, industrial e foda, você vai ficar com o refrão parasitando sua mente por um bom tempo, tenha certeza disso!

06. “Rock And Roll (In A Black Hole)” – A música mais eletrônica do album. Começa com uma batida eletrônica pegajosa, com ruídos eletrônicos e a voz do Rob com efeitos que remetem as ultimas músicas do White Zombie. Depois de ouvi-la, me digam se os vocais não relembram a “The One” e a “Ratfinks, Suicide Tanks And Cannibal Girls”. Assim continua até que  explode num refrão energético e agressivo...FODÁSTICO!!!

07. “Behold! The Pretty Filthy Creatures” – Seguindo a linha da “Revelation Revolution”, mais uma música que se inicia com batidas eletrônicas e segue energética e contagiante, porém nessa os vocais do Rob soam mais naturais, com efeitos usados mais na ponte (parte que antecede o refrão) e em algumas outras partes. Infelizmente a música acaba rápido, tendo menos de 3 minutos. Mas a pauleira continua...

08. “White Trash Freaks” – O álbum não perde a solidez em momento algum e essa música mostra bem isso. Você está na oitava faixa e parece que o álbum está somente crescendo, ficando cada vez melhor. Pode ter certeza que essa sensação não vai te abandonar e apenas se tornar cada vez mais forte. Esperem pra ouvir e dirão que tenho razão...

09. “We’re An American Band” – Cover....cover...cover...Cara, e que cover!!!! Rob Zombie aqui demonstra o quanto foda ele se tornou como vocalista, e o quanto excelente é a banda por trás dele. Esse cover do Grand Funk Railroad é sem sombra de dúvidas o melhor já feito para essa música, e o melhor cover que Rob já fez em toda sua carreira.

10. “Lucifer Rising” – A faixa mais pesada do álbum. Aqui você se sentirá como se estivesse ouvindo uma evolução da “Let It All Bleed Out” fundida com a “Super-Charger Heaven” e reciclada para o se adequar ao som do álbum. Com ceteza teremos multidões se quebrando no “bate-cabeça” ao som dessa música nos shows do Rob.

11. “The Girl Who Loved The Monsters” - Voltando ao abuso de samplers e batidas eletrônicas temos essa faixa, que segue como uma viagem até recuperar o peso no refrão. Com certeza essa garota vai te conquistar.

12. “Trade In Your Guns For a Coffin” – Infelizmente a última faixa do álbum e infelizmente a mais curta (sem contar a faixa 04 que é instrumental). Um faixa agitada do começo ao fim. Merecia ao menos um minutinho a mais, pois é muito foda, e apesar de curta, encerra um álbum excelente com excelência.

Ao ouvir o álbum você se sentirá num universo paralelo, ouvindo o som de Rob Zombie num universo paralelo. O álbum todo é uma viajem e não perde a graça em momento algum cada faixa apenas adiciona algo a mais, e a obra tem sua qualidade ampliada a cada faixa. Podem acreditar nas palavras do Rob Zombie, e estava certo, esse é seu melhor álbum até aqui...e sim, talvez o melhor do ano.

Dos prós, devo destacar TUDO que ouvi até aqui...Mas o fato de o álbum ter menos de 40 minutos é onde ele adquire um contra, pois a sensação de “quero mais” permanecerá em vocês a cada vez que ouvirem todas as faixas...Já estou aguardando ansiosamente seu próximo trabalho na música.

Avaliação: 5/5

Um comentário:

  1. Cara mto bom o cd, bem melhor que o Educated e HD 2 (que não são ruins mas tem vááárias músicas chatas)

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